Cremation at the Royal Necropolis of Salamis New Bioarchaeological Insights
Main Article Content
Abstract
This article provides an analysis of cremated human remains from the Royal Necropolis of Salamis, enabling new insights about a little-known funerary rite in Cyprus. Cremation was seldom practiced in Cyprus, never superseding inhumation as the primary funerary rite throughout the island’s history. Cremated human remains have received little scholarly attention, rarely being discussed in the bioarchaeological literature of Cyprus. Until now, legacy assemblages containing cremation burials like that of the Royal Necropolis of Salamis have been primarily interpreted from a contextual and artifactual perspective. The bioarchaeological data indicate that cremation at the Royal Necropolis of Salamis was not a standardized practice, as different individuals were subjected to very different conditions and processes, both during the cremation process and after. Unfortunately, a lack of comparative data from Cyprus does not allow for wider conclusions about the origin and purpose of the cremation rite and the biological characteristics of the cremated individual to be made at this point in time. Further research needs to be conducted on other contemporary cremation burials from Cyprus to determine whether patterns relating to cremation exist.
O presente artigo apresenta uma análise de restos humanos cremados da Necrópole Real de Salamina, permitindo novos conhecimentos sobre um rito funerário pouco conhecido no Chipre. A cremação era raramente praticada na ilha, nunca substituindo a inumação como o principal rito funerário ao longo de sua história. De maneira geral, os restos humanos cremados recebem pouca atenção acadêmica e, portanto, são pouco discutidos na literatura bioarqueológica, inclusive a do Chipre. Até agora, os conjuntos arqueológicos encontrados que contêm ossos cremados, como é o caso da Necrópole Real de Salamina, têm sido interpretados
principalmente de uma perspectiva contextual e artefatual, ficando à margem as potenciais observações derivadas de estudos bioarqueológicos. Neste caso, os dados bioarqueológicos indicam que a cremação não era uma prática normalizada, uma vez que diferentes indivíduos eram sujeitos a condições e processos muito diferentes, tanto durante a cremação como depois. Infelizmente, a falta de dados comparativos vindos do Chipre não permitem, neste momento, tirar conclusões mais amplas sobre a origem e o objetivo do rito de cremação e as caraterísticas biológicas dos indivíduos cremados. É necessário efetuar mais investigações sobre outros contextos de cremação contemporâneos locais para determinar se existem padrões relacionados às práticas de cremação.